terça-feira, 27 de abril de 2010

Uma outra geração...

Numa internet defecada com orkuts, facebooks, twiters e afins (que, se fossem usados de forma inteligente seriam ferramentas magnificas) pode-se garimpar com um pouco de sorte espaços iluminados com inteligencia e coragem como o blog Generación Y da cubana Yoani Sánchez, que não tem papas na língua ao falar (bem ou mal) de sua ilha natal. O blog se tornou famoso mundialmente a alguns anos tornando a sua criadora umas das pessoas mais influentes no mundo devido a quantidade assustadora de acesso recebidos diariamente. Os textos mostram uma Cuba rodeada de medo, dificuldades e decepções mas também mostra esperança e vontade de mudar as coisas (algo que nos falta demais no Brasil).

Recomendo altamente a leitura pois, ao contrário do que possa parecer, os assuntos tratados por lá são muito conhecidos por nós brasileiros. O link que passei é a versão em português do site, esta tradução é feita por voluntários, portanto pode haver uma pequena demora entre o post original da escritora e a tradução, mas a espera vale a pena. Ou você pode exercitar seu espanhol.

Abaixo alguns textos que recomendo, estes são datados de 2007, vou aos poucos postando por aqui outros que venha a achar interessante recomendar.

- Reflexões
- Novo símbolo de status
- A armadilha das palavras


Geração Perdida (nem tanto assim...)


Cuba é uma incógnita, é um modelo de algo que poderia ter dado certo. Em uma roda de conversa, seja de leigos ou de acadêmicos, haverá, invariavelmente, dois grupos com opiniões extremas quando o assunto discutido for a ilha de Fidel.

Há a cuba que precisava existir, o resultado de um país que antes da revolução chegou aos extremos mais absurdos para fazer jus a condição de "quintal norte-americano", onde o presidente Fulgencio Batista fez seu discurso de posse em inglês diante de uma platéia de seus semelhantes, mas que, diferente de si, não entendiam aquela língua "alienogena". Esta nova Cuba, que segundo relatos documentados por pesquisadores sérios, deu muito certo. E foi boa enquanto durou.

Uma nova Cuba onde quem não comia, comeu.
Quem não calçava, calçou.
Quem não morava, morou.

Aí os EUA perceberam que a brincadeira era séria, que Fidel não era Batista, que um Batista já não havia. Veio a Baía dos Porcos, veio a vergonha, veio a raiva, veio o embargo. Havia uma nova Cuba que já não havia.

Quem já comia, deixou de comer.
Quem já calçava, deixou de calçar...

Mas há um buraco nesta história, nesta nova cuba que já não havia, quem agora comia, o fazia sem poder falar. Quem agora calçava, calçava sem poder reclamar. Mas isto era histórico, isto já existia. Batista já havia posto a mordaça, Fidel a manteve. Os americanos venciam de qualquer forma. Eles perdiam sua ilha-de-brinquedo. Cuba perdia algo que muitos não tiveram tempo de perceber que tinham.

Mas nesta roda de conversa, o outro lado se revolta com o que vem sendo feito. Se revolta com a falta de tudo, onde o que sobra é um sistema de saúde publica reverenciável, mas até isto é dúbio. Na verdade o que sobra é a pressão dos donos do mundo, que fazem questão de colocar em jornais de todos os cantos o quanto Cuba deu errado, o quando Cuba precisava deles. Cuba cuspiu no prato raso que comeu. O cinismo norte americano transborda pelas bordas de Cuba.

Mas em Cuba não se fala.
No Brasil, EUA, Itália, Espanha se fala mas não se é escutado.

Em Cuba há presos políticos que fazem greve de fome.
No Brasil não há presos políticos porque políticos não vão para a cadeia.

Em Cuba há tortura nos carceres, na norte-americana Guantanamo.
Por aqui existem Carandirus...

Em Cuba só há Tv estatal e ela fala o que o governo quer.
No Brasil há Tv privada, mas ela só fala o que os EUA querem.

Em Cuba há a revolta calada e o choro contido.
O mesmo que eu e você sentimos todos os dias.

Cuba não é diferente de lugar nenhum. Há corrupção, há sofrimento, há miséria, há desigualdade.

Não conheço Cuba, e provavelmente nunca venha a conhecer. Mas li muito, e sei que como tudo que se escreve no mundo há verdades e mentiras. O problema da ilha de Fidel é que suas mentiras são ditadas pelos donos do mundo...

Mas Cuba agora pode dormir mais tranquila, o mundo tem uma nova Cuba. E ela se chama Irã.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A invenção do século...

(Essa é para quem, como eu, acha que argentino só faz merda):



Descobri em pesquisa posterior a publicação deste post que a agencia de publicidade responsável por esta maravilha é brasileira, portanto, desconsiderem a frase inicial entre-parenteses.

Fonte: O vídeo está no tubo, mas vi no blog do Gomes.

Que Kindle o que?!?

(Simplesmente fantástico) Segue um vídeo que parodia a recém auto-declarada Revolução Tecnológico-Literária (tá bom, eu criei este nome), hoje em dia, com aparatos "silicílicos" do calibre do Ipad, Kindle e similares (até demais) que se propõe a substituir os livros convencionais por versões digitais (arghh) o hábito da leitura se torna cada vez mais impessoal e artificial, me chamem de antiquado, mas boa parte do prazer em ler um livro está em sentir o cheiro do papel impresso. Não há nada como chegar em casa e dar de cara com sua estante (ou estantes dependendo da pessoa) cheia de livros de tamanhos, cores e volumes diferentes. Agora, imagine um futuro em que as bibliotecas públicas não terão livros, mas sim gabinetes com Kindles e Ipads conectados a servidores centrais com acervos irreais de livros que só existem em código binário. Ah vá...



O vídeo está em espanhol, mas é bem inteligível, de qualquer forma quando der crio uma legendita.

Fonte: O vídeo está no tubo, mas vi no blog do Gomes.

Bibliotecário What???


As várias pessoas que visitam diariamente o blog (na verdade é apenas uma e desconfio que seja mamãe querendo me salvar da humilhação absoluta) me questionam severamente o porque do nome do blog ser O Bibliotecário. Bem, evitando dar um resposta mais direta do tipo "Por que o blog é meu e pronto!", dar-lhes-ei (aff português bonito) um explicação: A questão é que sempre fui apaixonado por leitura e a ideia original do blog era promover assuntos referentes a literatura e suas adjacências (hoje estou impossível). Porém a proposta fugiu bastante ao original quando comecei a editar o blog e percebi que tinha muito mais ideias bisonhas sobre assuntos diversos para extravasar mas queria manter o nome como uma homenagem a minha paixão pela leitura.

Porém, isto não quer dizer que não irei postar textos sobre este assunto, inclusive já o fiz com uma resenha pessoal sobre o Livro "O Mundo é Bárbaro" a alguns dias, estou na verdade preparando alguns textos e resenhas sobre livros e/ou movimentos literários e seus autores.

Na verdade a melhor forma de definir o blog - no que concerne a seu conteúdo - é uma mistureba de tudo o que rola no mundo - ou fora dele - e que eu acho que mereça no mínimo uma citação por aqui.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Brincadeira de criança? (1)

Dica legal para a galera descontrair no fim de semana, É a série Lifes and times of Tim (página oficial), animação adulta da HBO que segue a tríade de humor sarcástico/negro/auto-crítico dos já consagrados The Simpsons, Family Guy (o melhor!) e South Park, os desenhos seguem a linha deste ultimo, ou seja, mais sujos e intencionalmente "mal feitos". Porém, ao contrário de South Park, que possui personagens coloridos e cenários variados para contrabalancer com a animação simplória, Life and Times of Tim parecer ter optado por esta caracteristica justamente para que o espectador se foque nos diálogos impagáveis (a dublagem é perfeita).

Em resumo, Tim é um nova iorquino comum da TV americana, ou seja, possui uma bela noiva e um bom emprego em uma grande corporação. O problema é a inocência excessiva do personagem central (ou seria estupidez exacerbada?). Tim, a cada episódio, é convencido a fazer algo arriscado ou politicamente incorreto, seja por seu chefe, seu melhor amigo (?!?) Stu, pelo padre alcoolatra ou pela prostituta Debbie, e invariavelmente se dá muito mal, se metendo em "saias-justas" que deixam o espectador desconsertado. A proposta da série não são roteiros mirabolantes, a simplicidade do argumento beira o ridículo e o seriado tem um clima de "e se alguém fosse estúpido o suficiente para fazer isto...?". O humor não chega a ser pesado como em Family Guy ou South Park, onde não se respeita nenhum tipo de minoria e/ou etinia fragilizada. Mas não chega a ser comercialmente água com açúcar como se tornou The Simpsons - quem acompanha a animação desde o início sabe do que estou falando). Uma curiosidade é que Lifes and Times of Tim é cria de uma das mentes por tras da série The Office, não sei bem se da versão original, britanica, ou da adaptação norte americana.


De qualquer forma é uma boa pedida, infelizmente o desenho no Brasil é difícil de encontrar , ao que parece ele pinta esporaticamente na TV paga, mas locadoras podem trazer melhores resultados. Vale a pena procurar, seja no vocêtubo ou em sites de compartilhamento, o esforço vale a pena.



Recomendo...

Obs: Enquanto não consigo uma prévia legendada em portugues fiquem com a versão original.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mundo fodido...

Recebi do companheiro Jardel, vulgo Dedeca. Pode parecer piada mas mostra de forma descontraida o que para muitos já perdeu a graça. Mundo foda, politicagem foda. Para cada Canadá com sua qualidade de vida excepcional ou para cada Noruega com sua distribuição de rende invejável (tá, eles tem uma das maiores taxas de suicidio do mundo, mas se você vivesse 6 meses de dia e 6 de noite acharia isto menos estranho) existem 5 Congos ou 2 Brasil para contrapontear (existe isto?). De qualquer forma as fotos falam por si só:

Os creditos pelas fotos constam nas mesmas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Onde há fumaça...

E não é que o vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia (puta nome complicado) além da beleza visual trouxe indiretamente algo muito bom? Encontrei por aí este gráfico bem legal com um comparativo entre a emissão diária de CO² da industria aérea europeia e do vulcão de nome impronunciável, inclusive a língua islandesa reforça minha tese de que se você aprende a fala-la está aprendendo todas a línguas do mundo ao mesmo tempo, ao passo que se você aprende a falar a língua havaiana você só aprendeu 1/3 do alfabeto do país, já que os outros 2/3 ainda não foram inventados*. Bom, voltando ao gráfico, o mesmo (que gentilmente editei em português para vossas senhorias) demonstra que a diminuição na emissão de CO² na região, e por consequencia no mundo todo, é considerável com 60% de paralisação dos voos no velho continente.

Tá, não estou sendo ingênuo, o gráfico é real e mostra algo bem possível, apenas estou descontraindo um pouco com o assunto, e sei que o rombo econômico é gigantesco. Maasssss...e no bolso de quem mesmo que vai doer? Afinal que eu saiba você e eu não vamos para o trabalho de avião todo dia, quem perde dinheiro com isto tudo são os gigantes capitalistas e os neo-burgueses que utilizam seus serviços. Na verdade a única coisa ruim que tiro disto tudo é que não é todo dia que vemos um espetáculo destes...

Em tempo, imagino que seja assim que as grandes empresas aereas veêm o pobre Eyjafjallajokull.


* Nunca vi nota de roda pé para explicar piada mas nunca se sabe: O alfabeto havaiano possui apenas 12 letras e um simbolo. Em outras palavras, Google it.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Brasil político....

Dica interessantíssima enviada pelo meu mano Henrique, não sei quem é o autor da arte mas o congratulo onde quer que esteja (provavelmente nunca vai ver o blog, afinal ninguém vê).

Não criemos, porém, climas tensos de discussão política, o interessante é notar que o brasileiro faz brincadeira até com o que não se brinca, eu incluso. Se alguém tiver algo semelhante com o Serra, Ciro ou quem quer que entre na presepada eleitoral por vir é só me enviar que eu posto a "replica".

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um pouco de música (ou não...)


Algo interessante sobre estilos musicais, neste caso os chamados populares, é a tendência que estes possuem de serem taxados de “vazios” no que diz respeito ao conteúdo lírico de suas canções, algo que sinceramente não concordo, e digo ainda que considero seu maior atrativo (e único).

Tomemos como exemplo estilos musicais (sic) como o FUNK carioca, pagode, axé music e aquele emaranhado bizarro de sons auto intitulado “música do calypso”. As letras das músicas estão longe de serem desinteressantes, é em contra partida interessantíssimo o nível de originalidade alcançado nestas referidas investidas “culturais”. Tente não se emocionar com a profundidade presente em obras primas como “REBOLATION” ou “Tchau, I Have to Go Now” , é notável que estes gênios da música beberam na fonte dos não menos gênios do passado que nos presentearam como pérolas como “Nega do Cabelo Duro” (Esta maravilhosamente dissecada pelo comediante Rafinha Bastos), Boquinha da Garrafa e é melhor eu parar por aqui para não me emocionar.

Eu diria inclusive que seus respectivos autores deveriam ser elevados ao patamar de grandes nomes de nossa literatura como Machado de Assis, Drummond de Andrade, Érico Veríssimo entre outros.

Porém o que me levou a escrevinhar esta presepada toda foi uma súbita mudança que notei no estilo Sertanejo. Se verificarmos desde o nascimento do estilo, sua raiz por assim dizer, notamos alterações consideráveis na temática das canções. Se no início assuntos do cotidiano rancheiro eram mesclados paixão e mulheres (sempre elas), nos anos oitenta pôde-se notar (e infelizmente ouvir também) um temática mais “dordecotovelocrônica” onde havia quase que invariavelmente um marmanjo (no caso dois) chorando por ter sido largado ou corneado. A emoção aflorava e eles não se preocupavam em escondê-la (na verdade faziam montanhas de dinheiro com isto). Já nos anos 90 o estilo sofreu com a falta de identidade muito característica desta década e buscou refúgio na country music dos gringos e até no forró vejam só. E o tema geral das letras seguia estes estilos, onde se falava de solidão/paixão e festanças desregradas respectivamente. Mas, com certeza, a mudança mais brilhante (parece um pleonasmo, mas não é) ocorreu com a adesão da derivação “Universitário” ao estilo. E isto merece um parágrafo próprio.

Se os anos 80 trouxeram ao estilo um ar de “menino chorão” com tendências suicidas e sérios problemas de auto-estima o novo milênio veio apagar por completo esta página negra no histórico dos caras. A ordem agora é ser PEGADOR, baladeiro, polígamo mesmo. E isto é explicito nas letras destas canções. Cito abaixo dois exemplos:

““ Você diz que não me ama você diz que não me quer
Mas vive pagando pau, qual é que é.
Todo dia seu teatro é exatamente igual, você finge que me odeia
mas no fundo Paga- Pau. "” (Fernando e Sorocaba)

Você percebe a humildade latente (bela palavra) do autor que não se faz de rogado ou sofre de um distúrbio seriíssimo caracterizado por sua rejeição a rejeição.

Outro exemplo é a composição “Robin Hood da Paixão” (fala a verdade este título é o máximo), performada pelos compadres Hugo Pena e Gabriel, vejamos uma passagem da letra:


“”Elas dizem que sou galinha,/ que ando fora da linha/
Que a minha praia é a gandaia /
Que eu tenho cara de safado, mulherengo assanhado/
viciado num rabo de saia/depois me procuram, me chamam de amor/
me pedem carinho,e é claro que eu dou/
meninas tenham calma, que eu não sou de ninguém/
tem lugar pra todas/ no meu Harém””

Veja bem a audácia do personagem (imagino eu que seja fictício) no texto, além de se colocar como um superman (ta bom, Robin Hood) nas artes do amor ele usa o plural para falar de suas pretendentes, aliás, que importa tudo isso? O cara tem um Harém! É o Bin Laden!

E quando você acha que acabou a coisa piora:

“”Deve ser o mel que a mamãe me passou/ Deve ser o céu que elas pedem, eu dou
no amor eu tenho dom em cada flecha um coração/ eu sou o Robin Hood da paixão””

Definitivamente, sem mais comentários... (e fica ainda melhor com a melodia!!!)

Não quero passar a impressão de que tenho algo contra o estilo, ou contra os autores / compositores do referido, este texto é uma forma bem humorada de demonstrar a caricaturização estereotipada dos estilos musicais, eu mesmo poderia escrever um livro sobre o Rock ‘n Roll e suas vertentes mesmo sendo partidário ao estilo. Cada qual se caracteriza por um tema mais recorrente. O Funk com a violência e erotismo exacerbado, o Axé com a inevitável necessidade de mandar as pessoas rebolarem e pularem ou o Forró onde não importa do que se fale desde que tenha o cangote de uma morena no meio. Tudo isto é culturalmente válido e faz parte do que somos, e antes isto do que sermos norte americanos! Em outras palavras é isto ou fazer parte de uma cultura que vomita no mundo coisas como Beyonce e Lady Gaga (Gaga?!?!?).

Todas as letras de música (em sua forma total ou parcial) e nomes de artistas presentes neste texto são propriedade intelectual de seus respectivos autores.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Campanha: COMENTE JÁ!!!


Pessoal, por meio dos relatórios do blog e do retorno que recebo dos amigos percebo que o blog vem tendo um quantidade legal de visitas (para minha grande surpresa, diga-se de passagem) e agradeço demais pela força. Aproveito então para pedir para o pessoal que comente os textos que tenha lido, falar o que achou, criticar, discordar, esculhambar e que "deus me ajude" até elogiar. É um retorno legal que pode promover discussões interessantes sobre os temas das postagens e um feedback (palavrinha prepotente esta) legal para este humilde blogueiro. Grande abraço a todos e conto com vos otros (isto está provavelmente errado).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uma homenagem...



No ultimo dia 10 completaram-se 40 anos do fim dos Beatles, ficar falando bem dos caras é redundancia e pieguisse, apenas faço uma homenagem pessoal porque tudo que tenha de ser dito sobre o que eles foram e são já foi dito por pessoas muito mais qualificadas que eu.







A homenagem veio tarde, mas veio. Fica apenas a certeza de que a nem tudo que é grandioso e midiático é por definição ruim.

domingo, 11 de abril de 2010

Um Documentário...

Trago a meus quase inexistentes visitantes uma pequena prévia do documentário Zeitgeist (2007), que traz uma crítica extremamente interessante sobre a visão geral e alienada baseada quase que exclusivamente em censo comum das doutrinas religiosas, que não fique a impressão de que estou realizando um ataque gratuito as pessoas religiosas, acredito sim que as alguns tenham e necessitem de suporte espiritual, apenas fico indignado ao ver que esta fé é utilizada para se obter lucro e disseminar dogmas absurdos e infundados por bandidos que se vestem de homens santos - seja qual for a "empresa" que estes representam. De fato chego a invejar as pessoas que tem fé em algo "maior", que as dê sustentação em situações difíceis. Apenas gostaria de acreditar que todos que se dizem religiosos fazem isto por realmente acreditarem e não por temerem as promessas de danação eterna tão comuns neste tipo de discurso. De qualquer forma seja qual for seu credo peço que "perca" 2 minutos de seu tempo e veja o que o vídeo abaixo tem a dizer, e de preferência que procure a obra completa mesmo que isto sirva para que você fortaleça ainda mais sua atual convicção -seja esta qual for.



Não espero que o vídeo seja tratado como verdade absoluta, e creio que o nível de sarcasmo empregado neste seja um tanto quanto exacerbado, porém a mensagem está aí, clara e atual (como estaria se fosse dita a 3 séculos), e vale ao menos uma reflexão sobre seu conteúdo.

Sei também que para toda regra existe (e deve existir) uma excessão, e neste caso não é diferente, é lógico que várias instituições religiosas (de todas as religiões) empregam seus esforços em trabalhos filantrópicos, e isto é obviamente louvável. Porém infelizmente neste caso a excessão é pequena de mais para fazer frente a regra.

Zeitgeist: The Movie (2007)

Site oficial

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Caricartoons (5)

Momento humor (com pitadas de sem-vergonhismo):

É antigo e rola na rede a bastante tempo, mas vale a pena rir de novo (trocadilho triste).

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Caricartoons (4)

Quando me deparo comigo mesmo fazendo absolutamente nada (isto foi provavelmente a coisa mais sofrível que já escrevi em muito tempo), coisas bizarras podem acontecer...
Agora, faço "oficialmente" parte do elenco dos simpsons (sic)...No site www.simpsonsmovie.com tem um esquema bem legal para criar seu próprio avatar (não, não to falando do filme) dos simpsons...isto aí em cima foi o mais próximo que cheguei de mim mesmo...pelo menos a barriga tá idêntica.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Cultura (extremamente) inútil...


Três coisas extremamente populares que me chamam a atenção pelo caráter (ou falta dele) midiático infundado do ponto de vista cultural (como se no Brasil isto fosse importante...): Big Brother; Música Sertaneja Universitária e Religião (qualquer uma). A massa abraça este tipo de manifestação cancerigena (?!?) sem ao menos se importar em ler nas entrelinhas o que lhe está sendo oferecido. Estou preparando alguns textos sobre estes assuntos e outros relacionados a eles para discutir por aqui...Just u wait...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um filme...(2)


Outro longa que assisti recentemente foi o recem lançado Up in The air (2009), mais um com título duvidoso adaptado em nossos país, "Amor Sem Escalas" (!?!?!?). Tá certo que a adaptação de títulos de obras segue a linha cultural do local onde será divulgado entre outras coisas, Central do Brasil virou "Central Station" nos EUA, mas o pessoal tá pegando pesado por aqui. Time Traveler's Wife (do qual fiz resenha aqui no brogui) virou "Te Amarei para Sempre" (?!?!?!) e agora isso de "Amor Sem Escalas", tá certo que uma tradução literal (Lá no alto/céu) não cairia bem, mas daí para um título destes haja (falta de) criatividade. Tal equivico se comprova na trama em si, o título sugere uma comédia (talvez romantica), porém isto seria vender o peixe pela metade, na verdade o romance do filme serve de pano de fundo para um questão um pouco mais filosófica, o personagem de George Clooney representa um lado mais solitário, prático e suficiente do ser humano. Funcionário de uma empresa especializada em demissão de funcionários (se você está se perguntando se isto existe, saiba que eu me perguntei a mesma coisa) onde se minimiza possiveis ações judiciais provindas destas demissões, Ryan Bingham (Clooney) passa a maior parte de sua vida em viagens aereas, evitando assim manter relações amorosas duradouras ou mesmo residencia fixa. A questão da solidão facultativa humana é abordada de forma interessante no filme, e é disto que a história se trata, de solidão (daí a necessidade de um nome mais bacaninha). Estão alí os cliches e esteriotipos hollywoodianos, mas estão também alguns dialogos interessantes e bem construidos e boas atuações - nada que justifique o oba-oba geral sobre atuação de George Clooney entretanto - e há ainda uma grande surpresa com um gancho final a lá Pedro Almodovar, ou seja cru e visceral. Em fim, é um filme que representa bem o estado atual do mercado cinematografico norte americano, total falta de originalidade onde as poucas surpresas bebem da fonte do cinema independente ou da escola européia.


Um filme...(1)


Tive a oportunidade de ver um filme que há algum tempo vinha namorando, é uma produção espanhola de nome Camino (2008) que aborda o drama de uma garota na luta contra um tumor cancerígeno raro. A película é baseada em fatos reais e mostra os acontecimentos que levaram a garota, de nome Camino, a ser indicada a canonização pelo Vaticano, processo este que foi iniciado em 2001 e corre até hoje. O filme tem altos e baixos e no balanço geral vale a pena - principalmente pela atuação da pequena atriz Nerea Camacho. Como ponto alto fica uma critica velada a igreja católica, neste caso representada por sua "filial" Opus Dei. É mostrada a reação consciente e inconsciente da personagem principal a imposição religiosa exercida por sua mãe (a excelente Carme Elias). Os sonhos da menina demonstram algo que é bastante recorrente na vida real, onde as pessoas seguem um ensinamento religioso mais por medo que por fé (algo que pretendo tratar aqui no blog em breve), estas cenas são geniais é representam o ponto alto do filme. Infelizmente o roteiro segue um caminho perigoso ao retratar a história da menina, principalmente seus momentos finais. Por se tratar de um relato biográfico de um personagem que se encontra em processo de "santificação" e possui seguidores leais em seu país de origem o filme fica preso a uma homenagem unilateral que fantasia e confeita de forma exacerbada acontecimentos que poderiam ter sido tratados de forma mais séria e real. De qualquer forma é uma boa oportunidade de fugir um pouco da chatice que vem se tornando o cinema norte americano.

Confiram o trailer do "vocetube":


A quem assistir fique a vontade para comentar o que achou.

Uma leitura...


Li outro dia um texto que explicava a importância dos clássicos no que concerne a literatura, segundo o autor as definições para um clássico são relativas e uma delas indica um clássico como uma obra que produz sentimentos diversos a cada leitura. Baseado neste ponto de vista posso dizer que a coletanea de cronicas O Mundo é Bárbaro (Veríssimo, Luís Fernando - Objetiva - 2008) é um clássico em minha interpretação. Na primeira vez que o li admito que que me senti decepcionado, principalmente após adquirir e ler outras de suas obras como A Mesa Voadora, Sexo na Cabeça, Mentiras que os Homens Contam, etc. O problema é que o Veríssimo possui como sua principal característica o estilo bem humorado para falar de assuntos cotidianos (eu arriscaria dizer que é uma versão descontraída de Nelson Rodrigues), e neste livro foram reunidos textos seus com um tom mais critico e sério, onde são tratados assuntos mais como política, economia e questões sociais. Há ali o bom humor em algumas ocasiões, ainda que embutido e as vezes subliminar, mas é evidente a distancia desta obra para as outras investidas do autor, e isto pesou em minha opinião na primeira leitura, que realizei no ano do lançamento, 2008. Na ultima semana decidi reler os textos e me vi tendo uma imagem totalmente diferente do direcionamento tomado pelo autor. O estranhamento causado pela ausência do bom humor e da descontração sumiu frente a uma nova visão do autor. Assuntos como a política externa norte americana, o crescimento astronômico chinês, questões históricas e raciais, corrupção e outras maselas de nosso país (estes, tópicos tão cotidianos como qualquer outro assunto abordado em outras obras deste autor) fluem de forma peculiar na visão de Veríssimo, envoltas em criticas ácidas e reflexões bem fundamentadas. Recomendo a leitura desta e das demais obras que citei aqui, Luís Fernando Veríssimo produz o que há de mais interessante atualmente na literatura brasileira em minha pouco convencional opinião e não é a toa que o todo poderoso Paulo Coelho perdeu o status de estrela mor da editora para o autor gaúcho. Leiam o que puderem e comentem aqui o que acharam.